
A Liga da Justiça não foi a primeira equipe de super-heróis – o pioneirismo cabe à Sociedade da Justiça, sua antecessora, também da DC Comics – mas foi a primeira que se manteve publicada com constância. Era um empreendimento ousado: reunir os principais heróis da editora em histórias comuns, de modo a equilibrar seus poderes e habilidades, ao mesmo tempo em que são necessárias grandes ameaças para lidar com o nivel de poder reunido.
Mas a empreitada deu certo. A Liga da Justiça estreou na revista The Brave and the Bold 28, como uma espécie de teste, em 1960. A DC, comandada pelo editor Julius Schwartz, queria saber se um projeto daquele porte daria certo. Para a missão foi destacado o roteiristaGardner Fox, veterano da casa, escolhido porque havia sido ele quem criara a Sociedade da Justiça anos antes, mas ainda era “atual”, pois atuava ativamente na reformulação recente dos personagens da DC, como o novo Flash e a Mulher-Maravilha.
Para não “queimar” os seus dois principais campeões de vendas, a DC não colocou Superman e Batman na equipe no primeiro momento, para ver como a Liga se sairia. Assim, o grupo estreou com Flash, Lanterna Verde, Caçador de Marte, Mulher-Maravilha e Aquaman.
Para não “queimar” os seus dois principais campeões de vendas, a DC não colocou Superman e Batman na equipe no primeiro momento, para ver como a Liga se sairia. Assim, o grupo estreou com Flash, Lanterna Verde, Caçador de Marte, Mulher-Maravilha e Aquaman.

Anos iniciais:
Gardner Fox e o desenhista Mike Sekowski produziram as aventuras da Liga da Justiça entre 1960 e 1968. Após algumas aparições-teste em The Brave and the Bold, a equipe ganhou uma revista própria, Justice League of America ainda em 1960 e, após alguns números ganhou novos membros, com a aguardada adesão de Superman e Batman, bem como do Arqueiro Verde, Elektron e Gavião Negro (Hawkman).
O grupo tinha seu QG em uma caverna - assim como o Batman -, tinha um assistente juvenil chamado Snapp Carr e combatia vilões comoStarro, Despero e Dr. Luz.

Reviravolta:
Em 1968, a DC começava a sofrer com a concorrência da Marvel. Os heróis mais realistas e pertubados da concorrente, juntamente ao desgate na imagem dos super-heróis gerada pela infame série de TV do Batman, obrigaram a editora a se mover para tornar as histórias mais sérias. Para isso, Julius Schwartz abriu espaço para artistas mais jovens, como o escritor Dennis O’Neil e os desenhistas Neal Adams, Jim Aparo, Archie Goodwin etc.
Coube justamente a Dennis O’Neil o comando da Liga da Justiça, justamente ao desenhista Dick Dillin. A primeira providência do novo roteirista foi afastar Snapp Carr, numa trama em que ele trai a equipe a mando de um criminoso misterioso que se revela ser o Coringa. Ao mesmo tempo, Mulher-Maravilha e Caçador de Marte (uma redundância em relação ao Superman) saíram, substituídos por Canário Negro eTornado Vermelho - este um andróide, talvez para concorrer com o Visão, o andróide dos Vingadores.
O’Neil também transferiu a base de operações da equipe da tal caverna para um satélite em órbita da Terra. Esse fator deu origem ao nome da nova fase.

A Fase do Satélite:
Para muitos leitores, a Fase do Satélite, nos anos 1970, é o melhor período da equipe.

De fato, a maioria das histórias que têm importância para a cronologia atual vêm desse tempo. O’Neil saiu da revista em 1970 para cuidar de outras, como Superman, Batman e Mulher-Maravilha, sendo substituído por uma série de autores que ficaram pouco tempo na revista: Mike Friedrick (1970-72), Len Wein (1972-74 – uma fase muito apreciada), O’Neil de novo (1975), Cary Bates (1975-77), Elliot S. Maggin (1975) eSteve Englehart (1977-78).
Gerry Conway (ex-Editor-Chefe da Marvel e famoso escritor do Homem-Aranha) assumiu o título em 1978, trabalhando ainda com o desenhista Dick Dillin, que se manteve no título por 12 anos até falecer em 1980. Foi substituído por George Perez (que também advinha da Marvel, onde fazia Os Vingadores).
Nesta fase, além de seus membros tradicionais, alguns outros foram incorporados, como a Mulher-Gavião, a mágica Zatanna, o jovemNuclear, Rapaz Elástico, Adam Strange, Metamorfo e até o Vingador Fantasma. Com tantos personagens, os heróis se reservavam nas aventuras e, raramente, apareciam todos juntos.


O início dos anos 1980 não foi bom para a DC, cujas vendas caíam. Tentando uma mudança que chamasse a atenção dos leitores, a editora arriscou mudar o status quo da Liga e o resultado se transformou na pior de todas as fases da equipe.
Gerry Conway e Chuck Patton criaram a história em que o satélite é danificado e a equipe volta à Terra. Aquaman se torna o novo líder e resolve montar um novo grupo somente com heróis que fossem 100% comprometidos com a Liga – pois Superman, Batman e Mulher-Maravilha tinham suas “aventuras solo”. Assim, ficaram os veteranos Aquaman, Caçador de Marte, Homem-Elástico e Zatanna, unindo-se aos novatos (e inexpressivos) Cigana, Gládio, Vibro e Víxen. A chamada Liga de Detroit não consegiu a adesão do público e foi encerrada em Justice League of America 261 (último número do primeiro volume da revista) na esteira do megaevanto Crise nas Infinitas Terras, que mudou o status quo de todo o Universo DC.

Em Crise, Marv Wolfman e George Perez tentam unificar todo o Multiverso DC em uma única realidade. Assim, a Sociedade da Justiça – que antes pertencia a uma outra dimensão – passou a existir no passado da Liga. Personagens como Supergirl, Superboy, Batwoman e Caçadora simplesmente deixaram de existir, enquanto outros, como o Flash, morreram.

A sequência de Crise foi a minissérie Lendas, escrita por John Ostrander, com diálogos de Len Wein e desenhada por John Byrne. Os super-heróis – chamados de metahumanos - sofrem perseguição de um agitador chamado Gordon Godfrey que consegue fazer a opinião pública se voltar contra eles. Em meio ao pânico, o presidente dos EUA declara os metahumanos ilegais. Na verdade, Godfrey é um assecla de Darkseid, um dos piores vilões do Universo DC, que quer destruir os protetores da Terra de uma vez por todas. (Esse arco de histórias foi recentemente adaptado como a linha principal da 10ª e última temporada da série de TVSmallville).
Alguns dos membros (inexpressivos) da Liga de Detroit morreram e a equipe acabou.
A Versão Cômica:
Fazer da Liga da Justiça uma equipe engraçadinha parecia uma péssima ideia, mas funcionou. E muito bem! Dentro do clima sombrio e depressivo pós-Crise, as risadas da nova fase da equipe eram um sopro de alívio criativo dentro da DC.
Com a maioria dos principais nomes da DC indisponíveis, estreou em1987 uma nova revista chamada Justice League 01, na qual Batman, Caçador de Marte e Canário Negro tentam reunir uma nova Liga com membros menos famosos, como Sr. Milagre (dos Novos Deuses), Sr. Destino (da Sociedade da Justiça), Capitão Marvel, Besouro Azul, Dra. Luz e o Lanterna Verde Guy Gardner. O grupo também ganha um porta-voz na figura ambígua de Maxwell Lord.
Com roteiros de Keith Giffen, diálogos de J.M. DeMatteis e desenhos deKevin Maguire, a nova revista se transformou em um improvável sucesso de vendas, mostrando toda a canalhice de bom coração de Guy Gardner; a inocência (para não dizer burrice) do Capitão Marvel e as brigas constantes entre eles e o Besouro Azul. Batman, como líder, era o ponto sério e sombrio das histórias, mas terminava participando de momentos cômicos involuntários. Ficou famosa a cena em que Guy Gardner tem um ataque de estrelismo logo na primeira reunião do grupo e o Batman, sem dizer nada, dá-lhe um soco e o noucateia; os outros membros ficam comemorando que o ranzinza “foi derrubado com apenas um soco!”, o que virou piada recorrente.

O trio de escritores logo ampliou a equipe, que ganhou a denominaçãoLiga da Justiça Internacional, com a adesão de novos heróis, comoHomem-Animal, Metamorfo, Poderosa, Homem-Elástico, Mulher-Maravilha, Flash (Wally West), Gladiador Dourado, (a brasileira) Fogo eGelo. Os autores não tinham pudores em colocar esses personagens em situações estúpidas, o que agradou bastante o público da época, embora também tratassem de temas sérios, como a Guerra Fria: quando a Liga da Justiça Internacional passa a ser patrocinada pela ONU, as duas superpotências da época, Estados Unidos e União Soviética, ficam preocupadas e conseguem, junto ao Conselho de Segurança, impor um membro cada, entrando o Capitão Átomo e o Soviete Supremo.

No auge da popularidade, em 1989, a DC criou, inclusive, uma nova revista do grupo: Justice League of Europe, com Mulher-Maravilha, Aquaman, Flash, Capitão Átomo e outros. E, como mostra do escracho de seus autores, em uma única edição, foi criada a Liga da Justiça Antártida: formada por alguns dos personagens mais idiotas da DC, inclusive, oEsquiador Escarlate, uma paródia do Surfista Prateado da Marvel.

A fórmula cômica esgotou e a queda nas vendas das revistas da Liga, no início dos anos 1990, fez o grupo mudar de rumo. A DC encerrou a fase humorística e deu início a um período mais sóbrio, comandado pelo escritor/desenhista Dan Jurgens. Dois arcos chamam a atenção: a participação do grupo na saga A Morte do Superman, em 1992; e A Mão do Destino, em que se explora o Multiverso de um modo pós-Crise.
Contudo, na época, eclodiu o chamado “Estilo Muscular” capitaneado pela editora Image Comics, cujos personagens (Spawn, WildCats, Savage Dragon etc.) eram publicados em histórias com pouco enredo, muita violência e desenhos de anatomia exagerada. A DC (e a Marvel, também) não ficou imune e seus títulos foram afetados. Na Liga da Justiça, isso se refletiu na criação de duas séries derivadas marcadas por aquele estilo:Liga da Justiça – Força Tarefa (grupo liderado por Caçador de Marte) eExtreme Justice (liderado pelo Capitão Átomo), mas nenhuma agradou.

Por fim, os três títulos da Liga foram cancelados em 1996.

Apogeu:
Querendo revitalizar seu grupo mais importante, a DC fez uma agressiva campanha para trazer a Liga da Justiça de volta e o fez em grande estilo, com grandes artistas envolvidos. Primeiramente, uma minissérie em três capítulos chamada Midsummer’s Nightmare, escrita por Mark Waid eFabian Nicieza, onde pela primeira vez pós-Crise os sete principaispersonagens da DC – Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Aquaman e Caçador de Marte – foram reunidas na Liga da Justiça, que mudou sua base para a Lua, na Torre de Observação ouWatchtower.

Morrison foi elevado a mais alta categoria dos roteiristas com esse trabalho, ao mesmo tempo em que abriu espaço para alguns amigos escreverem esporadicamente no título, como Mark Waid, J.M. DeMatteise o novato Mark Millar, que se transformaria em um dos nomes mais famosos da indústria.
Esta fase prosseguiu com sucesso até o número 41, quando Morrison saiu do título e também foi a principal inspiração para o desenho animado de sucesso Justice League que estreou em 2001.Com a grande popularidade da revista, a Liga da Justiça estrelou projetos paralelos ao seu título principal. Dois deles chamam a atenção: O Reino do Amanhã e Ano Um.

Em 1996, os quadrinhos ainda sofriam dos efeitos do “Estilo Muscular” e o (para alguns) excesso de violência e teor sombrio das histórias. Por isso, o escritor Mark Waid e o pintor/desenhista Alex Ross produziram uma espécie de manifesto pelos valores dos heróis clássicos: a minissérie em quatro edições O Reino do Amanhã (The Kingdom Come).
Na trama, num futuro próximo, o Superman está há anos sem agir e a maioria dos heróis clássicos encontra-se inativo, enquanto uma nova geração de metahumanos formados por seus filhos ou seguidores causa grandes pertubações por sua falta de valores, heroismo e batalhas sem sentido – numa metáfora do próprio mercado de quadrinhos. E um grupo de vigilantes superpoderosos e irresponsáveis termina causando uma hecatombe nuclear que destrói todo o Meio-Oeste dos Estados Unidos. Sem entrar em concenso, Superman e Batman montam grupos diferentes para conter os novatos. Um clássico moderno.

A nova "equipe original" segundo as mudanças cronológicas instituídas pela "Crise nas Infinitas Terras" tem sua origem contada pela primeira vez em "Ano Um", de 1998.

"Ano Um" mostra que o humor pode funcionar. E cria um interesse amoros entre a Canário Negro e o Flash inexistente em histórias prévias
Buscando um caminho:
Após o apogeu só resta a queda, não é mesmo? Bons escritores como Mark Waid, Joe Kelly e até a dupla Chris Claremont e John Byrnetomaram conta do título, mas não conseguiram a mesma adesão dos leitores. Isso obrigou a DC a tomar um rumo ligeiramente diferente.
Desconfianças e Reformulações:
Em 2004, visando levantar “a moral” de sua principal equipe, a DC contratou o escritor de romances policiais Brad Meltzer para produzir uma minissérie. Com o desenhista Rags Morales (mais Michael Turnernas capas), ele lançou o arco em sete partes Crise de Identidade, onde faz uma abordagem profunda dos relacionamentos internos do grupo.

A trama: a esposa do Homem-Elástico é brutalmente assassinada em sua casa. Isso alerta aos membros da Liga para a segurança de seus cônjuges. Contudo, enquanto investiga o crime, Batman (o maior detetive do mundo) termina descobrindo um terrível segredo da própria Liga: no passado, na época do satélite, a vítima havia sido secretamenteestuprada pelo vilão Dr. Luz. Alguns membros do grupo presenciaram a cena e, como represália ao criminoso, utilizaram a magia de Zatanna paralobotomizá-lo. Os membros que discordaram da decisão tiveram, também, suas memórias do evento apagadas. Batman descobre que ele mesmo teve sua memória apagada pelos companheiros quando descobriu o fato, anos antes. Agora, a Liga precisa lidar com as desconfianças internas e um conflito de valores colossal ao mesmo tempo em que oserial killer faz outras vítimas no círculo íntimo dos heróis.
Até por ser uma história concisa, que lida com questões internas sem grandes “eventos cósmicos”, Crise de Identidade é, sem dúvida, uma dasmelhores histórias da Liga da Justiça de todos os tempos, quiçá a melhor delas.

A forte cena do estupro em "Crise de Identidade": tratando de temas sérios, como violência, retaliação, confiança e identidade. Texto de Brad Meltzer e desenhos de Greg Morales.

Em seguida, a DC criou o eventoContagem Regressiva para a Crise Infinita na qual um satélite espião do Batman é sequestrado por um vilão misterioso e dá origem aos OMACs, um exército de cirborgues que planeja dominar o mundo.
O ex-membro da Liga, Besouro Azul, investiga o caso e termina por resolver o caso: quem está por trás de tudo é Maxwell Lord, ex-aliado da Liga, agora, chefe da organização secreta Xeque-Mate e dotado de poderosos poderes mentais. Lord assassina o ex-amigo e passa a ser perseguido pelos membros da Liga. Usando seus poderes, ele assume o controle da mente do Superman, então, a Mulher-Maravilha se vê obrigada a matá-lo. Essa difícil decisão moral teve um grande impacto posterior e, no ambiente pós-Crise de Identidade só piorou a desunião da equipe.

Em retaliação, a Mulher-Maravilha mata Maxwell Lord diante das câmeras de TV do mundo todo
Veio, então, a sequência: Crise Infinita, escrita por Geoff Johns e desenhada por Phil Jimenez, George Perez, Jerry Ordway e o brasileiroIvan Reis. Nela, uma versão jovem e maligna do Superman vinda de outra dimensão e chamado Superboy-Prime, tenta destruir a Realidade, destroçando também a Watchtower. A Liga desunida pelos eventos anteriores quase não consegue vencer.

Apesar de ser uma saga de proporções cósmicas tão afeitas à DC, a série teve algumas boas considerações. Entre elas, o questionamento do papel do Superman: alguns heróis acham que ele não estava exercendo a liderança que deveria entre os metahumanos, ao mesmo tempo em que não conseguia mais ser uma fonte de inspiração – o que, na verdade, era um reflexão sobre a própria publicação do personagem e sua popularidade no mundo hoje. Ficou famosa a frase de Batman: “a última vez em que você inspirou alguém foi quando esteve morto”, em referência ao clamor da já referida saga de sua morte.

A famosa cena em que Batman afirma a Superman que a última vez em que ele inspirou alguém foi quando esteve morto. Textos de Geoff Johns e arte de Phil Jimenez.
Como consequência desses eventos, Batman e Superman se afastam de suas atividades heróicas por um ano inteiro, buscando reavaliar tudo o que fizeram. O que aconteceu nesse “ano perdido” é contado na maxissérie52, talvez o mais ousado projeto da DC em todos os tempos: uma sériesemanal de 52 edições produzida pelos principais roteiristas e desenhistas da casa, liderados por Geoff Johns e Grant Morrison.

Em meio a essa violência, a visão clássica da Liga da Justiça também teve espaço e sucesso. O pintor/desenhista Alex Ross lançou um projeto de uma aventura do grupo contada em uma maxissérie de 12 edições, publicada com atrasos entre 2005 e 2007. Chamada simplesmenteJustice (Justiça, no Brasil) trazia Ross juntamente ao roteirista Jim Krueger e os layouts de Doug Braithwaite. A premissa era: imagine um episódio de Super-Amigos (o desenho da Liga dos anos 1970) sério. Assim, Lex Luthor e Brainiac faziam um plano de dominação onde reuniam os principais vilões do Universo DC para destruir a Liga. A trama é complexa e a arte pintada de Ross, fabulosa, o que resulta em uma das melhores histórias da equipe em todos os tempos.

A arte de Ross se mostra eficiente também nas cenas de ação.

Após os eventos de 52, a Liga da Justiça voltou em grande estilo em 2006na revista Justice League of America (volume 02) 01, escrita por Brad Meltzer e desenhada pelo brasileiro Ed Benes. Nela, depois do “ano perdido”, Batman, Superman e Mulher-Maravilha se reúnem para escolhera dedo os novos membros da equipe, resultando em uma combinação de personagens clássicos e novos: os três citados mais Lanterna Verde Hal Jordan, Flash, Canário Negro, Zatanna, Arqueiro Vermelho (antigo Ricardito e Arsenal), Tornado Vermelho, Mulher-Gavião, Víxen, Raio Negroe Nuclear

A abordagem de personagens de Meltzer e a arte deslumbrande do cearense Ed Benes agradaram em cheio os leitores e a Liga da Justiça voltou a ser a revista de maior sucesso da DC. Este sucesso motivou aWarner Bros., dona da DC, a capitanear um longametragem com atores da equipe que começou a ser desenvolvido e terminou cancelado às vésperas das filmagens, em 2008

O arco de Meltzer e Benes terminou no número 12 da revista, prosseguindo com o escritor Dwayne McDuffie, enquanto Benes permaneceu na arte. O escritor vinha do desenho animado da equipe, mas infelizmente, não desenvolveu uma boa trama, em parte devido àsinterferências editoriais
Com a polêmica demissão de McDuffie (veja post citado), o veterano escritor dos anos 1970, Len Wein, assumiu a revista brevemente, cedendo o lugar para o aclamado James Robinson. Benes saiu do título para outros projetos e a arte foi assumida por Mark Bagley. Contudo, a fase de Robinson e Bagley também não agradou o público.

A maior polêmica do mundo dos quadrinhos em 2011 finalmente chega ao fim! Dos novos 52 títulos reformulados da DC Comics, nenhum gerou mais expectativa do que a nova série mensal da Liga da Justiça. Novos uniformes? Novas origens? Novas personalidades? Estas e milhares de outras perguntas geraram um grande alvoroço entre os fãs no mundo inteiro (principalmente nos EUA), chegando ao ponto de surgirem várias comunidades contra este reboot da DC, alegando ser uma infâmia alterar "qualquer coisa" em personagens tão consagrados e admirados pelo público. Fosse a falta da cueca do Super-Homem ou o novo uniforme da Mulher-Maravilha, deixei claro em meu primeiro artigo sobre este reboot da DC que, independente das alterações visuais e históricas aderidas nestes novos 52 títulos, o que importa (para mim) é se as alterações irão melhorar ou piorar as revistas e os personagens. Se piorar, eu iria odiar o reboot. Se melhorar, eu iria amar o reboot. Deixei claro no artigo as constantes falhas de administração da DC, e a forma inconveniente com que o marketing para este projeto foi realizado e anunciado, pois realmente agrediu o público ignorando totalmente a opinião dos fãs, sem dar nenhuma declaração mais amena sobre a polêmica. Mas, no final das contas, a edição #1 mais aguardada deste ano está aí, e a verdade da conclusão é que eu AMEI este reboot.


Apesar dos meus grandes elogios, não espere ler a melhor revista do mundo. Esta hq é perfeita de acordo com sua proposta: água com açúcar. Embora a ilustração seja bela, é Jim Lee. Embora o roteiro seja legal, é leve, destacando muito mais as cenas de ação do que a intriga do enredo. Realmente não há o que reclamar do produto final. A revista é muito boa de acordo com seu gênero popular. Ponto. A forma impessoal que a DC construiu o marketing foi péssima, gerando toda a polêmica ruim. Mas não há como reclamar da revista. O que pode ser discutido, ainda são as pequenas alterações nos uniformes, etc. Mas, para mim, o que mudou nestes detalhes não vale 1 min. de discussão, comparado aos pontos positivos que todo o reboot gerou. E, com este grande trabalho, aos meus olhos de fã e artista, finalmente a DC vai encontrar espaço na minha prateleira com uma série mensal, pois esta nova Liga da Justiça é a primeira série da DC que irei colecionar sem hesitação.
Veja abaixo a tabela com todos os 52 títulos que a DC irá reformular e uma galeria de imagens deste projeto.
Por: Actions e Comics
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